Eletricidade

em quarta-feira, 17 de junho de 2020


Eu amo a tua alma, a beleza do que ela constrói. Aprecio as curvas do teu caráter, o cheiro da tua ousadia, a textura da tua essência. Adoro como seu cabelo lhe pende pelo lado e suas mãos deliciosas o acomodando atrás da orelha.

O brilho dos teus olhos me tira o ar, tento me concentrar, mas sempre acabo me perdendo. E não me venha com esse lábio rosado, sorrindo de lado, que aí não dá.

Não dá para não desejar teus seios redondos, sempre tão escondidos, mas que se deixam imaginar. Não dá para não querer te tocar, te puxar e até te arranhar um pouco, mas não para machucar.

Do teu corpo, quero até as entranhas. Eu quero te mastigar, me inebriar na eletricidade que é te encostar. Deixar a ponta dos teus dedos passearem na palma da minha mão e divagar para o mundo onde mais do que perto, eu te tenho dentro.

Eu quero trançar minha vida na tua, de um jeito tão sublime que os passantes parem para olhar. Quero te aninhar no meu colo e ver você respirar. Quero me misturar tanto, que não dê para separar. Mas, se der, quero trazer parte de você, e deixar que leve um pouco de mim pro seu lar.

Quero seu coração, quero seu corpo, quero seu jeito, quero seus medos, quero seu cheiro, quero seus pelos, quero seu dedos, quero você. E, mais do que tudo, quero um dia ter a ousadia de conseguir te dizer.

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